O Homicídio da Família Bain
Um caso que dividiu uma nação.
A terrível morte de uma Família que levou à prisão de um dos seus membros mas que, 13 anos depois, o libertou. Um mistério que continua por resolver.

Margaret e Robin conheceram-se quando estavam ainda na casa dos 20 anos. Tinham personalidades bastante diferentes,sendo que Margaret era conhecida como extrovertida e brincalhona e Robin, por sua vez, era discreto e calado. Ambos tinham crescido em Famílias católicas e ambos tinham paixão por ensinar e por fazer trabalhos missionários.
O casal casou-se em 1969 em Dunedin, Nova Zelândia.
Em 1972, nasceu o primeiro Filho do casal, David Bain e, pouco depois, a Família mudou-se para Papua-Nova Guiné onde Robin deu aulas como missionário.
Em 1974, nasceu Arawa. Dois anos depois, veio Laniet e, em 1980, nasceu o último Filho do casal, Stephen.

Enquanto Robin trabalhava, Margaret tomava conta da casa e dos Filhos. Mas, ainda assim, deixando-se absorver pela cultura tão diferente daquele País, a Esposa descurou-se um pouco das suas obrigações domésticas. Não se considerava uma Mãe preguiçosa, apenas descontraída, deixando os miúdos brincarem nus, aguardando que a roupa suja se acumulasse ao ponto de Robin não ter o que vestir.
Margaret entrou em contacto com crenças que apenas tinha lido em livros. Os poderes especiais das mulheres mais velhas naquelas pequenas aldeias, as vidas anteriores de cada pessoa, a canalização de energias, a análise dos sonhos, a cura de maleitas através de ervas, preces e rituais.
O casamento começou a deteriorar-se com o comportamento de Margaret mas ela não ia deixar que isso acontecesse, concordando que um psicólogo visitasse a casa da Família com frequência. Porém, assim que o especialista colocou os pés na casa, confirmou que a Família precisava de muito mais ajuda do que inicialmente tinha previsto. Margaret não respeitava o marido, falando mal dele constantemente nas suas costas e, por sua vez, influenciando o comportamento das crianças em relação ao Pai.
Arawa demonstrava uma grande frustração em relação à dinâmica familiar e ao modo como viviam. Era a que mais verbalizava que queria ter uma vida normal, como todas as outras crianças. David, o mais velho, parecia ser o mais resignado, mostrando sempre uma confiança cega na sua Mãe e um amor excessivo por Margaret.
Robin, por sua vez, estava rendido. Sentia-se tão cansado, manipulado e dominado pela Esposa que já não tinha forças para a contrariar.
Em 1988, 14 anos após estarem a viver em Papua-Nova Guiné, a Família decidiu mudar o seu rumo e voltar para Dunedin à procura de melhores dias.

Infelizmente, a má dinâmica familiar, viajou com a Família.
Robin teve dificuldades em manter um trabalho, sendo Margaret a sustentar a Família. As crianças também demoraram a adaptar-se à nova cultura, à escola, a fazer novos amigos.
Margaret chegou a um ponto de ruptura tal que decidiu mudar-se para a caravana que tinham no quintal da residência onde permaneceu durante meses. Passava os seus dias a meditar, a chorar e a escrever no seu diário de como era negligenciada pelos miúdos e, principalmente, pelo seu Marido. Escreveu como era infeliz, como o seu casamento era um fracasso. Eventualmente, cansou-se da caravana, retornando à residência e expulsando Robin de casa.
Tentou recrutar alguns amigos para uma espécie de grupo de vudu mas não foi bem sucedida. Ainda assim, ainda que sozinha, Margaret não se viu impedida de realizar os seus rituais, exorcizando a casa, a caravana e os seus Filhos com frequência.
Por esta altura, as entradas de Margaret no seu diário estavam cada vez mais obscuras. Referia-se às crianças, ao seu Marido e a todos os seus amigos como os Filhos de Belial que, basicamente, significava maldosos. Usou tantas vezes essa expressão que passou a escrever "Bel" para abreviar. Tinha que tirar o Bel dos seus Filhos, da casa, dos objectos e, essencialmente, do seu Marido. Robin estava infectado com Bel.
Margaret estava a entrar numa espiral dentro da sua própria mente mas a restante Família não estava muito melhor.
David, durante o seu primeiro ano na Nova Zelândia, teve mais dificuldades em adaptar-se do que os seus irmãos. Só quando ingressou no coro da igreja é que, eventualmente, começou a socializar, a fazer amigos, a melhorar as notas da escola.
Contudo, era descrito como socialmente esquisito, sem grandes capacidades para se integrar.
Mesmo com raparigas que eram apenas suas amigas, David assumia sempre tratarem-se de namoradas, fazendo planos para o futuro. O comportamento era tal que as jovens acabavam por deixar de falar com David.
Mesmo as amigas das suas irmãs que visitavam a casa, disseram sentir uma energia estranha de David, ao ponto de deixarem de frequentar a residência da Família. Mas, a verdade, é que David não era o único problema. A casa estava sempre tão imunda e tão desarrumada que nenhuma visita se sentia bem dentro dela.
David Bain, eventualmente, confessou a alguns amigos acerca das suas fantasias sexuais. Uma das quais envolvia uma violação. Já tinha tudo tão engendrado na sua cabeça que chegou a ser bem mais específico, falando da vizinha da frente que saía de casa todos os dias para correr enquanto David distribuía os jornais. Era tão fácil violá-la e sair impune com o ataque.
Em 1991, Robin, a viver na caravana da Família há cerca de 3 anos, conseguiu emprego como Director da Escola de Berwick, mudando a sua caravana para o parque de estacionamento e passando a viver ali.
Existiram vários testemunhos acerca do comportamento de Robin. Uns disseram já não ser o homem de uns anos antes, estando deprimido, mal-humorado e triste. No entanto, os testemunhos contraditórios foram mais. Robin sentia-se novamente feliz por estar junto de alunos, por lhe terem dado uma oportunidade, por voltar a sentir-se útil e por ser novamente respeitado. Na verdade, não se sabe ao certo o estado psicológico deste homem por esta altura.

Apesar de separados, os conflitos entre os Familiares continuavam. Laniet, ainda assim, viu-se obrigada a escolher o lado do Pai. Mas, as discussões foram tantas, que Laniet saiu de casa arrendando um apartamento na cidade. Quis emancipar-se mas, sem a assinatura dos seus Pais ou motivos válidos, não lhe fizeram a vontade. Não tendo como se sustentar, a jovem começou a prostituir-se mas, rendendo-se à evidência de que aquilo não era o que queria para a sua vida, Laniet passou a viver com o seu Pai na caravana.
Os anos passaram mas a dinâmica não melhorou. Margaret voltou com as suas ideias, cada vez mais estapafúrdias, desta vez, dizendo que tinha falado com Deus. Era Sua vontade que demolissem a casa da Família e a reconstruissem como um santuário. Não só para todos os Bain que se encontravam infectados pelo Mal como para aqueles que tinham que fugir do Inferno que era a sociedade. Margaret, fundamentalmente, queria criar um culto, uma seita.
No dia 20 de Junho de 1994, David Bain ligou para a linha de emergência às 7h09. Entre choros e gemidos, o jovem disse que a sua Família estava morta. Indicou a morada, o nr. 65 em Every Street em Andersons Bay, Dunide e aguardou os Agentes chegarem.
Chamada: https://www.youtube.com/watch?v=m7HsjKDSaKA

Às 7h33, os Agentes chegaram ao local mas David não abriu a porta. Partiram o vidro da porta principal e conseguiram abri-la por dentro. O jornal daquele dia estava colocado em cima de uma bancada, sinal de que tinha havido alguma actividade normal naquela manhã.
Os Agentes encontraram David deitado no chão do seu quarto, aos pés da cama, em posição fetal enquanto gritava que estavam todos mortos. Sem saberem exactamente o que se tinha passado ou se o eventual assassino ainda se encontrava na residência, um dos Polícias permaneceu com David, enquanto os outros averiguavam o resto da casa.
Na sala em frente ao quarto de David, jazia Robin. Tinha um tiro na têmpora esquerda e uma espingarda de calibre 22 ao seu lado. Laniet estava deitada na cama, debaixo dos lençóis. Tinha sido alvejada três vezes na cabeça. Margaret estava também deitada na sua cama com um tiro por cima de um olho. No piso de baixo encontraram Arawa, morta com 3 tiros na cabeça. Ainda demoraram um pouco a encontrar Stephen. A porta do seu quarto encontrava-se no quarto de Margaret e os Agentes, inicialmente, assumiram tratar-se de um roupeiro. Stephen tinha claramente lutado contra o agressor. Tinha um ferimento enorme na cabeça, provavelmente, um raspão de uma bala. Tinha um buraco na palma de uma das mãos, sendo sinal que conseguiu segurar a arma do agressor e que este a disparou nesse momento. Tinha ainda marcas de estrangulamento e, por fim, uma bala na cabeça.
Os cadáveres ainda estavam quentes e, pela temperatura corporal, concluiu-se que Robin tinha sido morto em último lugar.
David permaneceu no quarto com um dos Polícias, eventualmente, tendo uma convulsão. O Agente estranhou a forma como David se mexia, de uma forma quase rítmica. Para além do facto dos seus olhos permaneceram da mesma forma, o que não é normal durante uma convulsão em que a pessoa tem tendência para os revirar. Ainda assim, chamaram os paramédicos que assistiram o jovem no local.
Os seus sinais vitais estavam normais e, apesar de aparentar encontrar-se inconsciente, os seus reflexos estavam também normais. Tanto o Agente como os Paramédicos consideraram que David estava a fingir o episódio. As suspeitas eram tantas que a Polícia decidiu filmar o seu comportamento. David começou novamente a murmurar que a sua Família estava toda morta e a repetir isto dezenas de vezes. Depois passou a verbalizar coisas como as Mãos Pretas levaram a minha Família, as Mãos Pretas vêm buscar-me. Depois referiu que necessitava dos seus óculos. O Polícia encontrou-os no quarto mas faltavam-lhes uma lente. Naquele momento, David Bain foi levado de ambulância para o hospital.
A Polícia continuou a investigar o interior da residência quando viu um computador na sala de estar com uma página aberta que dizia:"Desculpa. És o único que merece ficar.
Tendo em conta o recado, a temperatura do corpo de Robin e a posição da arma, as Autoridades assumiram que se tratava de assassinato seguido de suicídio, perpetrados por Robin. Mas a Polícia continuou a fazer o seu trabalho e a processar tudo o que encontrava na casa. A casa estava desarrumada e confusa mas isso era apanágio de Margaret. Ainda assim, a Polícia descobriu sangue pela casa toda. Parecia que o assassino tinha andado a espalhar o sangue da Família propositadamente pela casa toda. Existiam vestígios na lavandaria, nas roupas dentro da tulha, nas roupas que se encontravam dentro da máquina de lavar, na porta da máquina, nas prateleiras e na ombreira da porta.
No quarto de Laniet, existia sangue no candeeiro, nas escadas, por toda a casa de banho. Encontraram também pegadas de sangue, ainda que deixadas por meias, que mediam 280mm e seguiam do quarto de Margaret para o de Laniet.
No quarto de Stephen o cenário ainda era pior. Havia sangue por todo o lado. Encontraram uma luva de baixo do colchão e outra de baixo de uma pilha de roupa. O rapaz tinha ainda fibras sob as unhas, provavelmente, provindas do agressor enquanto lutavam.
Na carrinha de Robin, a Polícia descobriu várias balas da espingarda usada nos homicídios, porém, estavam empoeiradas e ferrugentas, indicando serem bastante velhas. O Patriarca tinha ainda vários livros de crimes, um deles, contando a história de um homem que assassinou toda a sua Família.
Porém, à medida que seguiam com a investigação, as Autoridades foram levadas a seguir outra direcção.
Em primeiro lugar, porquê o uso das luvas? Se o objectivo é homicídio seguido de suicídio, não existia razão para usar luvas. Quando avaliaram a espingarda, esta não tinha as impressões digitais de Robin mas sim as de David. Se Robin era o perpetrador, das duas, uma: ou tinha que ter as luvas quando foi encontrado morto ou, caso as tivesse tirado antes de se matar, as suas impressões digitais estariam na arma. As luvas também não lhe pertenciam. Eram de David.
No quarto de David existiam centenas de munições espalhadas no chão, bem como o bloqueio do gatilho da espingarda que também lhe pertencia. A lente em falta dos seus óculos foi encontrada no chão do quarto de Stephen, o que sugeria que David podia ser o agressor, perdendo a lente enquanto lutava com o seu irmão mais novo.

Era altura de interrogar o Filho mais velho da Família e o único sobrevivente desta tragédia.
Segundo David, tinha acordado pelas 5 da manhã, distribuído os jornais e voltado para casa pelas 6h45. Entrou pela porta principal, não acendendo nenhuma luz, dirigiu-se ao quarto onde pousou o saco dos jornais e deixou os sapatos. Depois, foi ao piso de baixo para lavar as mãos e tirar a tinta dos jornais dos dedos. De seguida, foi para a lavandaria onde despiu a camisola que trazia vestida, colocou-a dentro da máquina e voltou para o seu quarto. Foi aqui que, quando acendeu a luz, se deu conta que algo estava errado. Viu as balas e o bloqueio da espingarda no chão. Foi quando se dirigiu ao quarto da Mãe e viu Margaret morta. Correu para a sala de estar, deparando-se com Robin deitado no chão. Ainda conseguiu ouvir o seu Pai a fazer alguns barulhos e foi quando correu para o telefone para pedir ajuda.
Ou seja, segundo David, que ligou para a linha de emergência às 7h09, estava na casa há 24 minutos antes de se aperceber que toda a sua Família tinha sido fuzilada. Foi à casa de banho e à lavandaria que, com excepção do quarto de Stephen, eram os locais com mais sangue e não tinha notado nada. Para além disso, na chamada dizia que a sua Família estava toda morta, contudo, segundo as suas próprias declarações, apenas tinha visto a sua Mãe e o seu Pai que, naquela altura, ainda respirava.
Como é que David sabia que os seus Irmãos também se encontravam mortos se não tinha ido à sua procura?
Nos dias seguintes, David Bain ficou a viver na casa de uma Tia enquanto planeava o funeral dos seus entes queridos. Não abriu mão de nenhum pormenor, tento tratado de tudo sozinho, desde caixões, a flores, a músicas. Tratou de tudo.
Durante estes dias, o melhor Amigo de David e o seu Pai visitaram o sobrevivente para apoio moral mas David estava com um comportamento completamente bizarro, ignorando a sua presença, falando com as paredes. Estava tão bizarro que ambos decidiram deixá-lo sozinho. Ao despedirem-se de David, disseram-lhe que se viriam no funeral. David respondeu que não ia. Quando lhe perguntaram porquê, respondeu simplesmente: "Bom... tu sabes..."
Quando o seu melhor amigo chegou a casa, reuniu os Pais e afirmou-lhes, com todas as suas certezas, que tinha sido David Bain a aniquilar a Família.
Também foi durante estes dias que David confidenciou à sua namorada que não se lembrava do que tinha feito naquele espaço de tempo, desde que chegou a casa naquela manhã, até ligar para a linha de emergência.
Estes episódios de falta de memória estavam a acontecer-lhe há pouco tempo, aquela não tinha sido a primeira vez. Para além disso, tinha algumas escoriações no corpo que não sabia como tinha feito ou quando.
Quatro dias após os acontecimentos, David Bain foi preso e acusado pelos homicídios.
Em Maio de 1995 foi a julgamento e, no dia 29 de Maio, foi considerado culpado pelos 5 assassinatos sendo sentenciado a prisão perpétua.
David apelou várias vezes sem que lhe concedessem uma segunda oportunidade, até à data em que conheceu Joe Karam, uma ex-jogador de Rugby também conhecido pela sua garra pela liberdade.

Joe Karam contactou David Bain prometendo-lhe tentar ajudar. Juntos construíram uma lista de argumentos para que David voltasse a ser julgado.
1) Alegaram o estado mental de Robin. Tratava-se de um homem amargurado pela vida e pelos acontecimentos. Estava depressivo, infeliz e tinha uma curiosidade excessiva por serial killers e por mortes.
2) As pegadas encontradas no local que mediam 280mm não correspondiam às medidas de David que mediam 300mm. Ainda que Robin tivesse sido encontrado calçado e, nem as suas meias nem os seus sapatos continham vestígios de sangue nas plantas e solas.
3) O computador tinha sido ligado um minuto a seguir a David entrar na casa segundo a Polícia forense e uma testemunha ocular. Contudo, a testemunha não era fiável.
4) A lente encontrada no quarto de Stephen afinal não pertencia aos óculos de David e encontrava-se no mesmo sítio há bastante tempo estando de baixo de alguns objectos e estando empoeirada.
5) As impressões digitais encontradas na arma podiam ter sido lá deixadas muito antes dos homicídios sendo que David costumava usá-la para caçar.
6) A acusação alegava que, se David tinha ouvido Robin a fazer alguns barulhos, tinha que ser ele o assassino. No entanto, nas horas após as pessoas morrerem, podem fazer barulhos como sendo a libertação de gases, podendo até ter espasmos.
Por tudo isto, ficou decidido que tinham existido erros judiciais e que, portanto, David merecia um novo julgamento.
Aconteceu na cidade de Christchurch, em Março de 2009, evitando assim os preconceitos da população de Dunedin.
A táctica da Acusação permaneceu a mesma enquanto que a Defesa esmiuçou todos os pontos acima referidos. Após algumas horas a deliberar, o júri pediu um esclarecimento acerca das regras da dúvida razoável. Depois de serem esclarecidos, não demoraram muito tempo para chegar a um veredicto, considerando David Bain inocente, ou não culpado, pelos homicídios de 5 membros da sua Família.
Após 13 anos na prisão, David Bain foi finalmente libertado.
Levantaram-se várias questões depois deste veredicto, essencialmente, em relação aos jurados. Pareciam completamente desinteressados no que se estava a passar à sua frente, sendo que, no dia do veredicto, dois deles foram festejar, juntamente com David, pela sua liberdade.
Tentou ser financeiramente compensado pelo Estado mas foi alegado que não bastava ter sido considerado "não culpado" tendo que provar a sua real inocência em relação ao caso.
David e Karam expuseram o caso a uma entidade independente no Canadá que o considerou inocente mas o Estado da Nova Zelândia não lhe deu credibilidade.
Ainda assim, apesar de não ser considerada uma compensação, Bain recebeu 925 mil dólares em 2016, cerca de 195 dólares por cada dia passado na prisão. O Estado decidiu pagar a "não compensação" para evitar mais processos nos Tribunais referentes a este caso e aos pedidos de Bain por compensações.
O caso dividiu a nação mas o que o Estado deixou bem claro é que, apesar de ter sido considerado "não culpado", jamais ouvirá um pedido de desculpas por parte de Governantes ou Juristas.
A realidade é que existem 5 pessoas mortas. Uma Família fuzilada e um sobrevivente.
Robin, 58 anos;
Margaret, 50 anos;
Arawa, 19 anos;
Lariet, 18 anos;
Stephen, 14 anos.
Seja David Bain o assassino ou não, alguém saiu impune, após matar 5 pessoas inocentes.